quarta-feira, 28 de novembro de 2007

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL - IMC

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL – IMC – ÍNDICE DE MASSA CORPORAL

Carlos Alberto Marinheiro
Mestre em Bioengenharia pela EESC, IQSC e FMRP - Universidade de São Paulo - USP

Centro Universitário Claretiano, Batatais (SP), Brasil

e-mail: marinheiro@claretiano.edu.br


Introdução

Quando enfocamos a qualidade de vida e o despenho motor de um indivíduo, uma indicação do estado de saúde é a Composição Corporal (CC). Esta avaliação tem auxiliado no diagnóstico e mesmo na elaboração de intervenções nutricionais, bem como em programas de atividades físicas. Estabelecer um Método de Avaliação da Composição Corporal constitui um mecanismo importante para que haja um controle e um balanceamento entre alimentação e atividade física.

(Clique duas vezes para ampliar)

Metodologia

Embora a obesidade não se estabelece pelo simples aumento da massa corporal, mas também pela acentuada deposição de gordura no organismo de maneira generalizado ou localizada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) define o quadro clínico característico da obesidade como sendo um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ao peso (kg) dividido pela altura (m²) acima de 30 Kg/m². Para a mensuração da Composição Corporal existem vários outros métodos, tais como a razão cintura/quadril (RCQ), pelas dobras cutâneas, e também pela utilização de sofisticados aparelhos que utilizam processos físico-químicos, ou se imagens como a Ultra-sonografia, a Ressonância Magnética, a tomografia, e mesmo a densitometria.

Resultados

O aumento de casos de obesidade mundial está ocorrendo devido a uma redução na energia gasta no trabalho, bem como na realização de tarefas pessoais. Além dessa redução de atividades físicas no dia a dia, não houve compensação na atividade física realizada durante o lazer. Preocupada com essas tendências, a Associação Americana de Diabetes publicou em outubro de 2003 a nova definição para glicemia de jejum alterada (Impaired Fasting Glucose), ou seja, um estágio conhecido como “pré-diabetes”. O valor de glicose no sangue baixou de 110mg/dl para 100mg/dl.

Conclusões

Diante desse quadro, e por razões econômicas, enfocar as mensurações antropométricas como uma opção científica e válida para os meios acadêmicos, constitui uma forma prática e fácil de avaliar a Composição Corporal e mostrar que a constante monitoração desses valores pode evitar um aumento dos índices de morbidade e mortalidade, ocasionados pelo sobrepeso e pela obesidade.

Referências

BOUCHARD, C.; BLAIR, S.N. Introductory coments for the consensus on physical activity. Medicine & Science in Sports & Exercise. 31 (11 – Supplement): S498-S501, 1999.
CESAR, C. Alguns aspectos básicos para uma proposta de taxionomia no estudo da composição corporal, com pressupostos em cineantropometria. Rev. Bras. Med. Esporte. 6 (5): 1-6, 2000.
DÂMASO, A.; et al. Etiologia da Obesidade. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
GUEDES, D.P. Composição Corporal: Princípios Técnicas e Aplicações. 2.ed. Londrina: APEF, 1994.
GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.P. Controle do Peso Corporal. Londrina:Mediograf, 1998.
ROBERGS, R.A.; ROBERTS, S.O. Princípios Fundamentais de Fisiologia do Exercício para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo: Phorte, 2002.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O que dá prá rir dá prá chorar....


Postado Gente sem Saúde

terça-feira, 6 de novembro de 2007

ACUPUNTURA VETERINÁRIA






Acupuntura Veterinária



O que é Acupuntura?

Acupuntura pode ser definida como a inserção de agulhas em pontos específicos no corpo, visando um efeito curativo. Esta técnica vem sendo desenvolvida e utilizada nas práticas humana e veterinária na China há cerca de 5.000 anos para tratar diversas doenças e, sem dúvida, sobreviveu até nossa era graças aos efeitos positivos apresentados no decorrer da história.No ocidente, foi inicialmente introduzida na França, sendo ensinada desde 1762 na escola de Lion, e posteriormente se difundiu por vários países da Europa. No Brasil, a acupuntura foi introduzida na década de 50, quando foi fundada a Associação Brasileira de Acupuntura. Em setembro de 1994, no I Simpósio Brasileiro de Acupuntura Veterinária realizado em São Paulo, foi lançada a semente para maior difusão da área no Brasil. A mesma foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) em 1995. A acupuntura é utilizada ao redor do mundo, sozinha ou em conjunção com a medicina ocidental, como terapia primária ou de suporte, para tratar uma ampla variedade de doenças em humanos e todas as espécies de animais domésticos e também em animais exóticos. Os chineses também usam a acupuntura como medicina preventiva, contra problemas como laminite e cólica em cavalos.Atualmente, veterinários acupunturistas usam diversas técnicas, com agulhas de acupuntura, agulhas hipodérmicas, sangria, eletro-estímulo, calor, massagem e lasers de baixa potência, para estimular os pontos de acupuntura.A acupuntura não é "remédio para tudo" mas pode ser muito eficaz nos casos onde é indicada.

Para que condições a acupuntura é indicada?

A acupuntura tem grande efeito sobre os sistemas autônomo, nervoso e endócrino, bem como efeito imunoestimulante, imunosupressor, analgésico e antinflamatório. É indicada principalmente para problemas funcionais como aqueles que envolvem paralisia, processos inflamatórios não infecciosos (por exemplo, alergias) e para dor.Para pequenos animais, seguem algumas condições que podem ser tratadas com acupuntura:
- problemas músculo
- esqueléticos, como artrites e patologias dos discos vertebrais.
- problemas de pele, como alergias.
- problemas respiratórios, como a asma felina
- problemas gastro-intestinais, como diarréias.
- alguns problemas reprodutivos.
Na clínica do cavalo de esporte, a acupuntura vem sendo usada principalmente para alívio da dor e para desordens funcionais do sistema músculo-esquelético. As indicações mais comuns são desordens do aparelho locomotor, claudicações ou queda de performance devido a problemas musculares (ex. dores lombares), articulares, tendíneos ou ligamentosos. Outras indicações freqüentes são desordens do sistema nervoso (ex. paralisia do nervo facial), sistema respiratório (ex. D.P.O.C.), aparelho reprodutor, sistema endócrino, aparelho digestivo (ex. cólicas não cirúrgicas), problemas dermatológicos (ex. dermatites alérgicas), alterações na sudorese (ex. anidrose) e alterações comportamentais.A "má atitude" de alguns cavalos pode ser resultante de um processo doloroso. Essas atitudes incluem "murchar as orelhas", virar a garupa quando alguém se aproxima da cocheira, alterações no apetite, não gostar de ser escovado, dar coices quando montado ou exigido no trabalho, refugar obstáculos.A acupuntura é considerada uma das formas mais eficazes de fisioterapia. Tratamentos regulares podem tratar pequenas injúrias esportivas que ocorrem no dia a dia durante o treinamento, auxiliando assim na manutenção de músculos e tendões resistentes, antes que injúrias mais graves ocorram. Atletas e amadores freqüentemente usam a acupuntura como parte rotineira de seu treinamento. Caso seu animal esteja envolvido em qualquer performance atlética como corrida, salto, adestramento, rédeas ou enduro, a acupuntura pode ajudá-lo a se manter no topo de sua condição física.

Como a acupuntura funciona?

De acordo com a antiga filosofia médica chinesa, doença é o resultado de um desequilíbrio energético no organismo. Acredita-se que a acupuntura restitui esse equilíbrio de energia e assim auxilia o organismo na cura da doença.Em termos ocidentais, a acupuntura pode auxiliar o organismo a se curar afetando certas reações fisiológicas. Por exemplo, a acupuntura pode estimular nervos, aumentar a circulação sangüínea, relaxar espasmos musculares e provocar a liberação de hormônios, como endorfinas (um dos controladores orgânicos da dor) e cortisol (um esteróide natural). O diagnóstico e tratamento por pontos de acupuntura somente é possível quando o sistema nervoso se mantém funcional e se a região afetada é capaz de apresentar a resposta fisiológica desejada. A acupuntura pode ser usada sozinha ou em conjunto com drogas convencionais embora sua eficácia possa diminuir quando associada a terapias com corticosteróides ou drogas de efeito narcótico.Embora muitos efeitos fisiológicos da acupuntura tenham sido estudados, muitos outros permanecem desconhecidos.



A acupuntura é dolorosa?


Para pequenos animais, a inserção de agulhas de acupuntura é praticamente indolor. As agulhas maiores, necessárias para grandes animais, podem causar algum desconforto ao atravessar a pele, porém em todos os animais, uma vez que a agulha atinge a posição correta, não deve haver dor.Alguns cavalos que foram submetidos a terapias convencionais, com várias injeções endovenosas ou intramusculares, por vezes com conseqüentes flebites ou abcessos, podem se tornar arredios ao tratamento por acupuntura.A maioria dos animais relaxa e por vezes fica sonolenta durante as aplicações. Ainda assim, o tratamento de acupuntura pode causar sensações, como formigamento, cãimbra ou dormência, como pode ocorrer em humanos, e ser desconfortáveis para alguns animais.

Acupuntura é segura para animais?

A acupuntura é uma das formas mais seguras de tratamento médico para animais quando administrada por um veterinário propriamente qualificado. Efeitos colaterais são raros porém existem. Em alguns casos a condição do animal pode parecer pior por até 48 horas após o tratamento e alguns animais podem ficar sonolentos e letárgicos por até 24 horas após a aplicação.Esses efeitos são indicações de que alterações fisiológicas estão ocorrendo e freqüentemente são seguidos por uma melhora nas condições do animal.As principais contra-indicações para a acupuntura são doenças orgânicas severas onde alterações irreversíveis já se estabeleceram (calcificações, fraturas, câncer, necrose, fibrose e degeneração). Embora a acupuntura seja benéfica no controle de sintomas em doenças infecciosas, tóxicas, nutricionais e neoplásicas, seu uso como terapia primária nesses casos é desaconselhado, podendo ser usada em combinação com antibiótico-terapia, quimioterapia, suplementação dietética, entre outras.O custo do tratamento pode também ser considerado uma contra-indicação em casos onde o mesmo deve ser muito prolongado, não sendo economicamente justificável em algumas circunstâncias. Porém, o mesmo não se aplica para animais de grande valor, financeiro ou sentimental.



Por quanto tempo duram os tratamentos e qual sua freqüência?

A duração e a freqüência dos tratamentos de acupuntura dependem das condições do paciente e do método de estimulação usado pelo acupunturista veterinário. A estimulação de um ponto de acupuntura pode ser rápida como 10 segundos ou levar até 30 minutos. Um problema simples e agudo, como uma torção, pode precisar de apenas um tratamento, enquanto doenças mais severas ou crônicas podem necessitar de várias, até dezenas, aplicações.Quando múltiplos tratamentos são necessários, normalmente se inicia intensamente e então espaça-se as aplicações para sua máxima eficiência. Normalmente inicia-se com 1 a 3 tratamentos semanais por 4 a 6 semanas. Uma vez que a resposta positiva máxima é atingida (normalmente após 4 a 8 aplicações), as aplicações são espaçadas de forma que os sintomas fiquem ausentes cada vez por um maior período de tempo. Muitos animais com condições crônicas podem passar a ser tratados de 2 a 4 vezes ao ano.Animais submetidos a treinamento atlético podem se beneficiar da acupuntura de 2 vezes por semana a uma vez por mês. A freqüência depende da intensidade do treinamento e da condição do atleta.

Patrícia V. Malmegrincrmv SP/7251
veterinária graduada pelo IVAS - The International Veterinary Acupuncture Society

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS NA ÓTICA DA MEDICINA TRADICIONAL CHINESA PARTE 1

OS CINCO ELEMENTOS E A PSICOSSOMÁTICA:

Os cinco elementos têm uma utilidade essencial em acupuntura, é aquela que interessa ao nosso propósito, pois os cinco elementos servem para classificar os tipos humanos em constituições. Posto que tudo o que se acha no cosmos se encontra nos seres humanos, a partir do momento em que se podem classificar todos os fenômenos em cinco elementos, podem-se classificar também os seres humanos do mesmo modo.

O texto antigo do Nei Jing exprime claramente de modo completo: "Os cinco reinos ou cinco elementos, a Madeira, o Fogo, a Terra, o Metal e a Água incluem todos os fenômenos da natureza, é um simbolismo que se aplica também ao homem." (Gola2000)






MEDICINA CHINESA



Assim como a língua chinesa é simbólica, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) também o é. Há três mil anos, não havia na China microscópios que detectassem vírus ou bactérias, mas já se descrevia a entrada de agentes "perversos" externos, causadores de doenças, como a invasão de um "vento", que poderia ser um vento-frio ou um vento-calor, dependendo dos sintomas que surgissem. Também não havia a possibilidade de se classificar as doenças da forma que os ocidentais fazem hoje como, por exemplo, em hipertensão arterial sistêmica, artrite reumatóide, depressão, etc. Então, recorreu-se mais uma vez aos símbolos. Os padrões de funcionamento do corpo, assim como as doenças, foram agrupados em torno de cinco elementos que são: Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal. Cada um representa mais do que a si próprio; um elemento representa um símbolo, que reúne, em si, vários significados e diferen­tes interpretações.
Além dos cinco elementos, a MTC dispõe de oito princípios: Yin e Yang, profundo e Superficial, Deficiente (ou Vazio) e Plenitude (ou Excesso), Frio e Calor. As interações entre os cinco elementos e os oito princípios resultam em um grande número de quadros clínicos, síndromes e diagnósticos possíveis.
Um diagnóstico ou um padrão descrito de acordo com a terminologia da MTC, pode parecer estranho aos ouvidos ocidentais como, por exemplo, "os rins produzem a medula óssea". A leitura e a interpretação dessa frase é simbólica e não literal. Longe de ser ultrapassada ou simplesmente mística, a linguagem da MTC pode ser atualizada e com­preendida. Em algumas situações, parece até que os antigos chineses foram visionários. Hoje, sabe-se que a eritropoietina, hormônio responsável pela maturação dos glóbulos vermelhos, é produzido pelos rins, ou seja, existe realmente alguma ligação entre os rins e o sangue produzido na medula óssea. Mas nem todos os paralelos estabelecidos na MTC podem ser verificados a luz da Medicina Moderna. Usam-se, então, os cinco elementos descritos como padrões de agrupamento e repetições, como os "arquétipos" que aglutinam em si valores, elementos psíquicos, imagens.
Antes, porém, de surgirem os cinco elementos, os oito princípios e os padrões complexos de interação entre eles, a MTC baseou-se na teoria do Yin e do Yang.



QUANDO E PARA QUE USAR O SÍMBOLO?



O símbolo é um mapa, um caminho em direção ao self: é vivo e ativo; causa sensações, sentimentos e associações. Ao deparar-se com um símbolo, seja em um sonho ou em uma doença ou em um objeto de arte, o indivíduo pode explorar o significado desse símbolo, que não será completamente compreendido e assimilado pelo seu consciente, por ter uma raiz misteriosa que fica imersa no inconsciente. Se o símbolo for completamente revelado, perderá sua força simbólica e será substituído por outro, que atinja o mundo obscuro e profundo da psique. Quando, por outro lado, o símbolo não é reconhecido como tal e adquire um aspecto autônomo, poderoso e mágico, torna-se dissociado do seu sentido adquirindo o status de alu­cinação, delírio ou vivência psicótica.
A própria psique está sempre formando novos símbolos para fazer fluir a libido, a energia psíquica e física, o Qi. Os símbolos orientam a direção da energia.
A interpretação dos símbolos deve ser feita paralelamente no âmbito pessoal e coletivo, lembrando que, como o próprio símbolo é movimento, poderá sofrer mudanças de sentido ao longo do tempo. À medida que seus mistérios são desvendados, o símbolo pode adquirir novas dimensões. Segundo Jolande Jacobi,52 o símbolo só é vivo se estiver "prenhe" de significados.
No processo de individuação, que é o caminho pelo qual a pessoa se torna aquilo que realmente é, o indivíduo tem, no símbolo, um mapa que pode orientá-lo na busca da sintonia com sua essência individual.
Estudar Medicina Chinesa é entrar no mundo dos símbolos. "No princípio era o Tao", o todo indivisível, o uno, o caminho que se divide em Yin e Yang. Yin e Yang nada mais são que polaridades, aspectos diferentes opostos e complementares do Tao. São partes do símbolo representativo do todo (do Tao), que está dividido em duas metades. Esquerda e direita; femi­nino, masculino; dia e noite; ativo e receptivo; terra e céu; e assim por diante. Esta é a primeira subdivisão de um símbolo, que significa o todo.
Novas subdivisões levam aos cinco elementos ou símbolos (Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal). A teoria dos cinco elementos agrupa características em torno de cada um deles e classi­fica o funcionamento do organismo de maneira bastante peculiar Ao mesmo tempo em que separa órgãos. sintomas e funções, também os relaciona, uma vez que cada elemento depende do outro para sua criação e controle. Tem-se a figura de um universo mais complexo e subdividido que o todo indiferenciado inicial, mas que jamais prescinde da ligação entre as partes.
Cada elemento possui características definidas e conhecidas, todo acupunturista sabe que, ao elemento Água, por exemplo, relacionam-se os Rins, a Bexiga, a sexualidade, a herança genética, os ossos, o cérebro e assim por diante. Mas o que poucos sabem é que cada um desses elementos tem, ainda, muitas outras implicações simbólicas. Intuitivamente, sabe-se que a Água é o símbolo do mar, onde se fez o caldo da vida (os primeiros seres do planeta Terra surgiram na água), que é também o símbolo do batismo, da purificação e muito mais. Mas que importância isso pode ter para o paciente que se queixa de uma doença nos rins?
Os Rins são os órgãos responsáveis pela purificação do sangue. Sabe-se que uma doença renal leva, muitas vezes, à impossibilidade de realizar essa função. Do ponto de vista psicológico, qual é a purificação que precisa ser feita? Quais as impurezas que se acumulam no corpo e na mente? Ao considerar o corpo indivisível da psique, pode-se começar a achar algumas saídas para os problemas, doenças e sofrimentos trazidos pelos pacientes. Nesse sentido, ao tratar de alguém com doença renal, além da abordagem médica tradicional, o profissional pode questionar-se sobre o que a psique dessa pessoa está precisando.
Ver a questão sob esse ângulo é ir ao encontro dos significados mais profundos da vida de cada um. Olhar para uma doença incapacitante como meio de evolução, pela própria incapaci­dade e pelas situações que ela provoca, torna o caminho de cada um menos árduo e estéril. A vida é criativa, oferece sempre novas expressões e direções.
A importância dos vários aspectos simbólicos de cada elemento é abrir possibilidades de associações, ampliarem o espectro de consciência, a fim de abranger vários significados possí­veis para um mesmo elemento. Ampliar é a palavra chave. A Medicina Ocidental analisa e reduz, observa uma doença dissecando-a, separando-a em partes menores para que o entendimento seja minucioso. Esse é um passo importante, mas, atendo-se apenas a ele, perde-se a noção do conjunto. A Medicina Chinesa propõe uni olhar sob o prisma do conjunto.
Na tentativa de ajudar ainda mais a encontrar novos significados simbólicos para cada uni dos cinco elementos da MTC, os capítulos seguintes incluem uma grande lista de símbolos e associações possíveis, (Campligia2004)

Dr. Oswaldo José Gola
Teólogo, Psicanalista, Acupunturista, Fisioterapeuta, Especialista em Medicina Tradicional Chinesa pela Third School of Clinical Medicine Beijing Medical University, 1995, 1997, 2001, 2005.